RUMO ÁS ESTRELA

RUMO ÁS ESTRELAS

Livro: O SENTIDO DA VIDA  – J. Herculano Pires

Assim, como afirma Dennis Bradley, não estamos parados na Terra, fixados, como dolorosos bonecos movidos por cordões invisíveis, num pequenino ponto do Universo, a face material do planeta em que decorrem as nossas dores e angústias passageiras.


Não somos galés da fatalidade, nem simples fogos fátuos que se acendem e apagam, ininterruptamente, no breve intervalo entre o berço e o túmulo. Não somos também o absurdo joguete de uma realidade universal “nominalista”, que, através de nossas individualidades múltiplas e sem sentido, procuraria a consciência de si mesma.

Além da concepção estratificada dos dogmas de fé e além da suposição incoerentemente transcendental da ciência materialista, o Espiritismo nos leva à convicção racional de que somos espíritos em evolução através do tempo e do espaço, partículas de um todo que é a Humanidade universal, e caminhamos da Terra em direção às estrelas.


“Na casa de meu pai há muitas moradas”, afirmou o Cristo aos seus discípulos. No Universo infinito há inumeráveis mundos habitados. E o destino do homem não é o simples mergulho de uma gota d’água no oceano, mas o encontro consciente de uma realidade superior, de que nos dão notícia os que, como o Buda e o Cristo, atingiram os cumes da consciência liberta da prisão da forma.


Vinde a mim, todos os que andais em trabalho e vos achais carregados, e eu vos aliviarei, repete o Espiritismo aos homens de hoje. Porque os seus ensinamentos dão segurança ao espírito atribulado, consolam os aflitos e desesperados, e abrem à Humanidade sem rumo da era científica, ameaçada de autodestruição, as portas largas e luminosas de uma compreensão mais humana da vida e do mundo.


Que o contradigam os negativistas, os que não creem nem podem crer nessa nova e mais ampla visão universal. Mas, quando quiserem nos acusar de visionários, de sonhadores inconsequentes, de amantes do maravilhoso, que verifiquem primeiro as suas próprias convicções, as bases frágeis em que assentam, já não digamos seus sonhos, mas os seus pesadelos. E, quando quiserem negar a evidência dos fatos, em que baseamos solidamente a nossa crença, que realizem pesquisas e investigações mais profundas, mais sistemáticas, mais constantes, mais sérias, mais científicas do que as realizadas pelos que nos deram a incomparável bagagem da bibliografia metapsíquica e espírita. Não nos podem contentar, já agora, as simples palavras e as suposições dos que se dizem entendidos.


Mais alto do que os argumentos falam os fatos. E os fatos estão aí, na frente de todos, como um desafio permanente.

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